Polêmica em shopping

'Eles não estavam lá para dizer que não foi preconceito, quem viveu na pele sabe', afirma organizadora de beijaço em Santa Maria

Michelle Teixeira

A polêmica envolvendo o protesto contra a homofobia, realizado no último sábado no Calçadão de Santa Maria, ainda repercute nas redes sociais. O beijaço foi motivado por uma ação supostamente preconceituosa de um funcionário do Santa Maria Shopping em relação a um casal gay, que trocava um selinho no interior do estabelecimento.

Em resposta, o shopping declarou, na última segunda-feira, que na verdade o funcionário teria pedido apenas para as meninas saírem do estabelecimento, pois já passava do horário de fechamento do local.
 
Jéssica D'Ornellas, 23 anos, que estava com o casal na noite do ocorrido, no dia 5 de janeiro, rebate a defesa do shopping e afirma que o segurança censurou as meninas por causa da troca de afeto em público.

_ Em uma reunião, realizada na quinta-feira passada, o funcionário admitiu que foi preconceituoso. Na ocasião estavam presentes representantes da administração do shopping e lojistas. Isto não é possível _ afirma. 

Conforme Jéssica, o grupo estava no andar da praça da alimentação e se dirigia para os elevadores, já que o shopping estava prestes a fechar e nenhum restaurante estava aberto. As namoradas estavam abraçadas esperando o elevador e, de repente, trocaram um selinho. Em seguida, surgiu o segurança ordenando que elas parassem.

_ Eu perguntei com o que elas tinham de parar? E ele respondeu: "com isso aí"! E eu falei, um beijo lésbico? E ele disse: "Sim. Não pode aqui dentro. Desculpa. Só estou seguindo ordens" _ conta a estudante.

Segundo a jovem, a versão do shopping não é verdadeira
 
_ Isso é mentira do shopping, nós já estávamos indo embora. Elas trocaram só um selinho, não estavam se agarrando, não estavam fazendo nada demais! Eles não estavam lá para dizer que não foi preconceito, quem viveu na pele sabe.

Ainda, conforme Jéssica, o casal está assustado com a repercussão que o caso tomou e, por isso, prefere não seguir em frente com o assunto, para se preservar. As meninas moram juntas, mas não seriam assumidas para as famílias, que conforme, a amiga, não aceitariam, nem aprovariam a orientação sexual das duas. 

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